O RAW é um formato sem compressão, que armazena os dados capturados pelo sensor de forma mais integral possível. Conhecido também como "negativo digital", este tipo de arquivo de imagem tem como vantagem uma qualidade de imagem superior, mas tem seus efeitos colaterais: é um padrão menos consolidado que o JPEG, e muitas vezes é preciso instalar softwares específicos para visualizá-lo e manipulá-lo. Outro problema é o tamanho: por não possuir nenhuma compressão, ele ocupa muito mais espaço que os tradicionais .jpg.
O modo contínuo, ou burst mode, irá aproveitar melhor a câmera realizando mais do que apenas um "disparo". "O conceito central do novo HAL e futura API esta centrada na fotografia no burst-mode", explica Gina Scigliano, porta-voz do Google. "A ideia básica é, ao invés de capturar apenas uma foto com determinados parâmetros, você tem o poder de bater várias fotos em diferentes parâmetros com diferenças como a exposição usada em cada. O subsistema da câmera captura este conjunto de fotos, e pode posteriormente processar estas várias informações no nível do aplicativo".
A versão 3.0 é a que expandirá mais o HAL no sistema Android, trazendo muito controle dos aplicativos sobre os recursos da câmera. Esta abertura tornará mais simples aos programadores desenvolverem apps que melhorem o foco e a exposição, por exemplo".
Em diversos aspectos, estas evoluções remetem ao que a Nokia fez com o Smart Cam, app que captura uma sequência de fotos para edições posteriores. O enfoque, porém, é outro: ao invés de composições diferenciadas, o app Android parece trabalhar com o conceito de múltiplas exposições, garantindo que em algum dos ajustes a foto esteja mais próxima do ideal.
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