A Microsoft já havia deixado claro que iria "combater" a invasão de privacidade excessiva promovida pelos órgãos de segurança nacional americanos. Agora, além da gigante de Redmond, uma "coalização" das principais empresas de tecnologia e serviços online lançaram uma campanha contra "a falta de limites" do governo dos Estados Unidos na hora de bisbilhotar os dados dos usuários.
A campanha intitulada "Reform Government Surveillance", ou Reforma da Vigilância do Governo, em tradução livre, é encabeçada por empresas como Aol, Facebook, Google, LinkedIn, Microsoft, Twitter e Yahoo, e tem como princípio a ideia que "apesar de ser um dever do estado proteger seus cidadãos, ele deve criar regulamentações e leis para definir como o governo deve ter acesso a informações dos indivíduos".
A reforma, proposta por esta campanha, tem cinco pontos fundamentais: 1) Delimitar até onde o governo pode coletar dados; 2) Fiscalização e controle da vigilância da NSA por agências independentes; 3) Transparência nas ações; 4) Respeitar o tráfego livre de informações e 5) Evitar conflito entre governos.
Creio que as cinco propostas básicas sejam bem válidas, já que tratam exatamente dos pontos críticos acerca da vigilância dos Estados Unidos na internet: ninguém sabe como é feita. Esta falta de informação já gerou até mesmo brigas diplomáticas entre o governo americano e brasileiro, com o gesto simbólico de Dilma Russef ao cancelar sua visita ao presidente Barack Obama.
Os Estados Unidos justifica sua vigilância sobre os dados na rede afirmando que coleta estas informações para prevenção e controle de potenciais ameaças. A falta de transparência nos procedimentos e objetivos da NSA (National Security Agency, Agência de Segurança Nacional Americana), porém, vem levantando muita desconfiança sobre até onde a privacidade das pessoas está sendo respeita, e qual seria o real uso destas informações. O Brasil, por sinal, seria um dos países com maior monitoramento, segundo documento vazado por Edward Snowden.
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